A história de um Reino muito distante

Era uma vez, um Rei que morava com sua Formosa Rainha e seus dois filhos: o Príncipe Sábio e a Princesa Bela. Eles viviam em um reino onde a alegria e o amor imperavam, e o que mais importava era estarem juntos. Eles eram felizes em todos os momentos que compartilhavam.

Um dia, outro Soberano de terras muito distantes, pediu socorro. Seu povo precisava de alguém que os ajudasse de várias maneiras: distribuindo comida, protegendo-os do mal, dando cobertor, ensinando-os a ler e a ter uma profissão. Aquele era um reino novo, que tinha acabado de sair de uma guerra contra invasores que haviam destruído tudo. Derrubaram castelos, queimaram escolas e igrejas. Tudo porque queriam dominar aquele lugar. Mas o povo não queria ser comandado por outro Rei, por um Rei que não tivesse nascido entre eles.

Esse Rei lutou, lutou. Muitas vezes lutou tanto que seu exército de súditos cansou e ficou com fome, e então tiveram que fugir para as montanhas, em busca de um lugar onde descansar, comer e se esconder para que os maus não os encontrassem. E a guerra durou muitos anos. Até que um dia, o Sacerdote Real e mais um Nobre daquele reino, conseguiram sair daquelas terras e pedir ajuda. E o seu grito foi ouvido por muitos povos que, depois de se reunirem para decidir o que fazer, mandaram seus exércitos comandados pelos seus heróis mais valentes, para ajudar aquele povo triste e sofrido.

Nosso Rei, também ouviu aquele chamado e, com um grande aperto no coração, beijou sua Rainha e seus dois herdeiros, deu-lhes o abraço mais apertado que conseguiu e disse-lhes: “Agora eu preciso ir, sei que vai ser difícil, mas, num reino muito longe daqui, existe um povo precisando da minha ajuda. Tão logo eu tenha cumprido a minha missão eu voltarei.”

70049E o Rei montou em seu cavalo, e cavalgou por vários dias, até que chegou a terras que eram muito diferentes das suas. Tudo lá era tão diferente que o dia era noite e a noite era dia. Ele teve sono, saudades, sentiu muito calor, e até chorou. Mas a lembrança do seu reino e da sua gente, dava-lhe forças para continuar a lutar.

Hoje, sua missão ainda não está cumprida, e ainda tem muito pela frente, mas, graças a um espelho mágico que um Mago chamado Skype inventou, ele consegue ver, quase todos os dias, sua Formosa Rainha, o Príncipe Sábio e a Bela Princesa, e consegue renovar as forças e diminuir um pouco da saudade, até o dia em que ele possa voltar para casa, com o orgulho no peito de ter cumprido sua missão e ajudado um povo que, mesmo sendo estranho, precisava dele. E assim, todos possam viver felizes para sempre.

Amo vocês.

Do Timor, com carinho

Papai

Dili, 11/06/09

2 Comentários

Arquivado em Crônicas do GUS

2 Respostas para “A história de um Reino muito distante

  1. Diver Zulu

    E um pobre ancião de outro reino ainda mais distante, um dia conheceu esse rei que amava o skype.
    E disse-lhe, utilizando o seu idioma que, pré-acordo ortográfico, até era semelhante e permitia o entendimento.
    Magnífico rei, visita o Diverzulu que para esse, pelo menos por ora, o dia é de dia e a noite é de noite.

    Um abraço de Colmera e um prazer enorme em conhecer Reis desta estatura.

    • Augusto Vilaça

      Uma das maiores virtudes do homem é quando ele não reconhece em si mesmo toda a sabedoria que carrega.

      Mas todos sabiam que o Nobre ancião era o exemplo claro disso, tanto é que nem as barreiras linguísticas que pudessem ser criadas o impediriam de espalhar seus conhecimentos, suas experiência. Ele será sempre capaz de entender e de ser entendido.

      Não te preocupas, ó sábio, que este Rei buscará sempre os teus conselhos.

      Obrigado pela visita e pelo comentário,

      Do Timor, com carinho.

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